Barroco brasileiro
O Barroco no Brasil foi um modo de se produzir arte apenas de forma adaptada, pois sua produção literal no século XVII era insignificante. A literatura barrica meramente espelhou a literatura portuguesa, salvo pouquíssimas exceções. Caracterizada por expressar a angustia e a agonia de um homem dividido entre razão e fé, entre religiosidade e desejos materiais, a literatura barroca busca o não objetivo, o inconsistente. O Barroco abusou das figuras de linguagens, como: * Antíteses; que refletem a contradição do homem Barroco, seu dualismo. * Metáforas; que revelam a semelhança subjetiva que o poeta descobre na realidade e a tentativa de apreendê-las pelos sentidos. * Hipérboles; que traduzem a pompa, a grandiosidade do Barroco. * e a Utilização frequente de Interrogações, que revelam a incerteza e a inconstância.
Tais figuras produzem uma linguagem rebuscada e ambígua, que representam contradições daquele tempo. Há duas correntes Barrocas em literaturas: 1. Cultismo: estilo marcado pelo rebuscamento formal que abusa de antíteses, paradoxos, hipérboles, jogos de palavras, ordem inversa. Essa tendência é também chamada de gongorismo, devido a influencia do poeta espanhol Luís de Gôngora. 2. Conceptismo: estilo desenvolvido sobretudo na prosa, preocupado em expor ideias e conceitos por meio do raciocínio lógico. O Barroco caracterizou-se por ser a somatória da literatura Renascentista e da Medieval, ou seja, a produção literária barroca possuía ao mesmo tempo características racionais (renascentista) e cristãs (medievais). O artista barroco está permanentemente dividido entre corpo e espírito. Esses contrastes refletiam no conteúdo literário barroco.
No Barroco literário destacam-se:
Bento Teixeira (1565-1600)
Muitos dados biográficos de Bento Teixeira são obscuros, inclusive seu nome completo, seus pais, data e local de nascimento. Sabe-se que era cristão-novo e deve ter vindo muito