Balanço de Pagamento

Balanço de Pagamento

O início da contabilização do balanço de pagamentos no Brasil data de 1947, quando os levantamentos eram feitos pelo Banco do Brasil e pela Fundação Getúlio Vargas. Atualmente, essa tarefa é atribuição do Banco do Brasil que procede à contabilização a partir de dados primários originários de diversas fontes.
Desde o início dos levantamentos, as transações correntes do balanço de pagamentos brasileiros têm sido predominantemente deficitárias, o que é considerado natural para economias pobres, que dependem de poupanças externa para se desenvolver. Entre 1947 e 2004, em apenas nove anos o Brasil apresentou superávit em transações correntes. Na maior parte do período, os déficits foram decorrência de saldo negativo na conta de serviços, pois a balança comercial mostrou predomínio de resultados positivos. A década de 1970 esta entre as exceções, pois nesse período o país acumulou déficits nos balanços comerciais e de serviços. A maior parte das dificuldades na balança dessa década resultou do brusco aumento dos gastos com importação em razão da crise do petróleo ocorrida em 1973.
Os registros das transações do balanço de pagamentos obedecem a ás regras da contabilidade, ou seja, ao método das partículas dobradas, segundo o qual um débito em uma conta correspondente a um crédito em outra, e vice-versa. Nesse aspecto, há modificações em relações ás regras adotadas no passado. A principal diferença, introduzida pelo FMI (1993), na forma de contabilizar o balanço de pagamentos diz respeito à discriminação das receitas e despesas das transações correntes e dos ingressos e saídas na conta capital e financeira, quando, no passado, apresentava-se somente o saldo das contas.
As contas do balanço de pagamento são divididas em dois grandes grupos: CONTAS OPERACIONAIS E CONTAS DE CAIXA. As contas operacionais correspondem aos fatos geradores de pagamentos e recebimentos de recursos. São as exportações, importações, fretes, seguros, transferência