Bacharel
Para os brasileiros, o Azerbaijão é um país estranho e totalmente desconhecido. Poucos sabem apontar no mapa onde ele fica e, principalmente, o que há nessa república distante. Na verdade, o primeiro e, por muitas vezes, o único contato com esse país, ocorre, geralmente, através das notícias ligadas ao setor energético devido à grande exploração de gás natural e de petróleo, abundantes nessa região.
Aliás, seu nome faz menção a essa abundância, uma vez que significa “terra do fogo”. Trata-se de um Estado secular, com uma população de cerca de nove milhões de habitantes, onde boa parte destes vive na capital Baku e seu entorno. É um país de independência recente, tendo se emancipado somente após o fim da União Soviética, em 1991, e cujas principais riquezas são as naturais.
De fato, os combustíveis fósseis representam grande parte da riqueza material azerbaijana, pois é a exportação dessas commodities, notadamente, para a Europa, que está gerando um desenvolvimento nacional sem precedentes, principalmente, se compararmos com o atual momento dos países europeus. No entanto, é importante salientar, que esses recursos naturais por si só, não geram um boom econômico se não forem bem orientandos.
Assim, existe sempre o perigo da doença holandesa, ou seja, a exportação desses recursos valiosos acaba trazendo tanto capital ao país, que desestimula a produção industrial em outros setores, o que a longo prazo tende a limitar o crescimento econômico. Exemplos disso são os casos mexicano e nigeriano, onde, principalmente neste último, houve o empobrecimento da população ao invés da melhoria das condições de vida.
Contudo, o que se está tentando dizer aqui é que, no caso azerbaijano, essa riqueza, mesmo ainda havendo problemas, começa a desenvolver o país de forma mais equilibrada, prova disso é a melhora recente dos resultados no IDH, inclusive passando o Brasil no último levantamento do