Bacharel

Jovens no futuro

João tinha manias estranhas, mas acho que todas as pessoas têm. Sabe-se lá por qual motivo, mas Kleber, Antonio também as tinham. Éramos um quarteto, andávamos sempre metidos em confusões, mas de forma inocente, até ingênua, não que fossemos anjos, mas... A adolescência para meninos são de certa forma um tempo de sonhos, uma ilusão gostosa de viver sem responsabilidade com o resultado. Conversávamos, sobre a fase adulta, João queria ser engenheiro em mecatrônica, adorava a ideia de inventar maquinas de produção, vislumbrava um mundo, onde pessoas estivessem atrás de maquinas e tudo fosse executado através de controles remotos universais. Kleber desejava ser medico, na adolescência sabia nomes esquisitos como, citoplasma, lóbulo parietal, canal colédoco... E se orgulhava disso, sempre dizia “isto que esta fazendo, pode dar esses e esses problemas, tem que tomar esse remédio”, e assim por diante, uma situação nos deixou espantado , quando ele visitara Márcia,sua prima que estava no Hospital Central com uma gripe, que matara diversas pessoas, até noticia de epidemia havia nos canais veiculados a informação, trazendo um grande desespero na população, e ele, queria estudar seus sintomas, modo de tratamento, o que ocorrera com tais e tais medicamentos.
Antonio o único que não se preocupava com seu futuro, estava certo que seria político, pois, seu pai o era, nos contava como vivia regalado de privilégios, tinha acesso aos melhores passeios, adorávamos ir a sua casa, tinha piscina, televisões que pareciam telas de cinema e seus vídeos gamem, eram de ultima geração, jogávamos os quatro ao mesmo tempo. Irene sua empregada era linda um dia voltamos do colégio, e ela estava na piscina com seu pai, como político, tinha que tratar de forma humana seus funcionários, e a tratava como se fosse da família, não sei bem se uma nova família, ou a mesma, nem sei ao certo porque pensava nisso. Contava que seu pai nunca precisou ter grandes esforços para se tornar