Bacharel
Capítulo IX – Poder – Corpo (entrevista)
Sociedade pautada na presença física: exemplo do monarca.
O “corpo social” precisa ser protegido, eliminando as “patologias” – doentes, delinquentes, contagiosos – caso da Aids, por exemplo.
O poder passa a investir no corpo nessa sociedade marcada pela materialidade do poder – investimentos para o “corpo belo” – desejo pelo próprio corpo.
Desejo do corpo produz efeitos que necessitam que o poder controle o corpo, penetre neste – Foucalt dá o exemplo do controle do aborto e da sexualidade infantil.
A vigilância produz a intensificação dos desejos. A resposta do poder é a exploração econômica desse desejo – indústria pornô, bronzeamentos – controle estimniação.
Exercício de poder como material – O corpo atende às necessidades do contexto, no caso, do capitalismo – “Qual é o corpo que se necessita na sociedade atual?” – Através deste questionamento são elaborados os controles da sexualidade.
+ corpo, - ideologia: Estudo materialista do corpo e dos efeitos do poder sobre ele.
Poder como “positivo” e não apenas repreensivo. É positivo a nível dos desejos e ao nível do saber e é isso que o torna forte.
Micro-poderes: o cotidiano. É necessário mudar o cotidiano para depois pensar em mudança a nível do Estado – confronto à teoria marxista que têm o Estado como alvo principal.
Psicanálise: papel liberador em contraponto a psiquiatria.
Sociedade disciplinar: aparelho punitivo que separa “normais” e “anormais” – loucura, prisão, etc. É preciso construir uma arqueologia das ciências humanas pata estudar os mecanismos que penetram nos corpos, gestos, comportamentos, etc.
Papel do intelectual: Não diz o que tem que fazer, apenas faz um sumário topográfico e geológico da batalha, localizando pontos fracos e fortes.
Filantropia como campo completo na ação dos agentes do corpo: ao mesmo tempo em que é benéfica e cria saberes, é quem cataloga os loucos, criminosos e doentes.
Capítulo XI