bacharel
Devido ao minério de níquel ser facilmente confundido com o minério de prata, o conhecimento desse metal e suas aplicações são recentes. Porém o uso acidental do níquel data de períodos mais longínquos, podendo cegar até 3500 a.C.
Vários bronzes encontrados na região da atual Síria, apresentam um teor de até 2% de níquel. Na China, o cuproníquel (ligas de cobre e níquel, com até 30% de níquel), conhecido na região como “baitong”, foi utilizado entre 1700 e 1400 a.C. Seu uso primário era na fabricação de adornos.
No ocidente, os primeiros relatos da niquelina vêm da Idade Média, na região da atual Alemanha. Os mineiros não conseguiam retirar o cobre do minério, atribuíam isso a uma entidade do folclore germânico conhecida como Nickel, batizando assim o minério de Kupfernickel.
Apenas em 1751 o químico sueco Alex Fredrik Cronstedt, quando tentava obter cobre a partir do Kupfernickel, conseguiu em vez disso, obter um metal branco, o qual batizou em homenagem a entidade folclórica germânica, o níquel (nickel).
Após essa descoberta, o mineral Kupfernickel passou a ser conhecido como niquelina (Não confundir o mineral niquelina com a liga niquelina), sendo a única forma de obtenção do níquel, até que em 1824, o níquel passou a ser obtido também como subproduto da produção de azul-cobalto.
A Noruega foi a primeira grande produtora e exportadora de níquel de níquel, pela exploração da pirrotita (Sulfeto de ferro que contém pequenas concentrações de níquel e cobalto) enriquecida em níquel desde 1848. Porém, a introdução do níquel no aço em 1889, aumentou a demanda de níquel. Essa demanda foi atendida pelos depósitos de níquel na Nova Caledônia (descobertos em 1864), Canadá (descobertos em 1883, em Sudbury Basin), Rússia (descobertos em 1920, em Norilsk-Talnakh) e África do Sul(descobertos em 1924, em Merensky Reef), tornando a produção de níquel em larga escala possível.
REFERÊNCIAS
UNITED STATES DEPARTMENT OF COMMERCE: NATIONAL BUREAU