Bacharel

Reciclagem pode ser alternativa para lixo produzido na Grande Belém
Segundo a Sesan, Belém produz todos os dias 1.800 toneladas de resíduos
Ao invés de obstruir ruas e canais, lixo poderia gerar renda para catadores.
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Em vários pontos da Grande Belém é possível encontrar lixo e entulho poluindo e obstruindo ruas e canais. "Você tira (o lixo) hoje pela manhã e à tarde já tem de novo. Está faltando educação ambiental mais rigorosa", denuncia o gari Robens Nelson Costa
De acordo com a prefeitura de Belém, os funcionários responsáveis pela limpeza pública realizam o serviço de coleta de lixo e resíduos diariamente. No canal São Joaquim, por exemplo, a limpeza é feita pelo menos três vezes por semana, mas não parece ser suficiente para o volume de lixo despejado.
Segundo a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), todos os dias Belém produz, em média, 1.800 toneladas de lixo, o que representa, aproximadamente, 200 caminhões-caçamba cheios. E uma boa parte dos resíduos corresponde ao lixo doméstico, aquele produzido dentro das casas, e que poderia ter outro destino, o reaproveitamento.
Em todo o Pará, cooperativas e associações se formaram para dar uma destinação adequada aos materiais recicláveis. No bairro de Val-de-Cans, na capital paraense, 150 pessoas se organizam em uma cooperativa para trabalhar na separação do material que pode ser reaproveitado: são cerca de 200 toneladas de material reciclável todos os meses.
"O que eu ganho aqui dá para ajudar meu esposo em casa, já que nós temos três filhos, e além disso, mantém a cidade limpa", conta a catadora Adriana Viana
Maria do Socorro Ribeiro trabalha há mais de 20 anos como catadora. Mesmo depois de tanto tempo, ela diz que não pensa em fazer outra coisa. "Eu me sinto bem em estar contribuindo com o meio ambiente", afirma.
A pesquisadora em educação ambiental da Universidade Federal do