bacharel
Claudia Maria Daher COSAC*
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RESUMO: Reflexões sobre a prática profissional do assistente social estabelecendo ponderações em torno do processo interventivo e inflexões em que se considera sua trajetória, marcada que é por determinismos múltiplos que acompanhou o processo evolutivo do capitalismo brasileiro.
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PALAVRAS CHAVE: formação; agir profissional; prática; estratégia; conhecimento.
Introdução
Refletir a questão da prática profissional do assistente social com o objetivo de compreender a intervenção no plano das relações sociais de produção, constitui-se tarefa das mais instigantes. Envolve discussões sobre os aspectos teóricos e metodológicos subjacentes ao agir profissional bem como a análise crítica, a dimensão de historicidade, o bojo do qual se produzem as relações capitalistas da sociedade. Vivemos um período de transições e crises.
Como viajantes do século XX,
(...) somos todos protagonistas e produtos dessa nova ordem, testemunhos vivos das transformações que ela produziu. Contudo, não o somos, (...), do mesmo modo que o éramos há quinze ou vinte anos (...) estamos de novo perplexos, perdemos a confiança epistemológica; instalou-se em nós uma sensação de perda irreparável tanto mais estranha quanto não sabemos ao certo o que estamos em vias de perder; admitimos mesmo, (...) que essa sensação de perda seja apenas a cortina de medo atrás da qual se escondem as novas abundâncias da nossa vida individual e coletiva. Mas mesmo aí volta a perplexidade de não sabermos o que abundará em nós essa abundância. (SANTOS;
BOAVENTURA DE SOUZA, 1997, p.8)
Ao propormos neste estudo refletir sobre a prática e estabelecer ponderações em torno do processo interventivo, constitutivo do Serviço Social, escolhemos realizar uma inflexão em que se considera sua trajetória, marcada que é por determinismos múltiplos, a qual acompanhou o processo evolutivo do
capitalismo