BACHAREL
Segundo Paulo Dalgalarondo (1), a ansiedade é um estado psicossomático, tendo como componente psíquico um desconforto mental composto de: inquietação interna e apreensão, acompanhada de sintomas físicos como dispnéia, taquicardia, vasoconstrição ou dilatação, tensão muscular, parestesias, tremores, tonturas e sudorese. Esses sintomas são testemunhos de uma quebra da homeostase interna que se manifesta entre a percepção de uma necessidade e a sua satisfação.
Dessa maneira, esses sintomas desagradáveis podem agir de uma forma motivadora para resolver problemas. Essas vivências internas são geradas por dois mecanismos básicos: a lembrança de situações semelhantes e a verbalização (explícita ou silenciosa), dessas experiências. Graças a esses mecanismos, é possível antecipar fatos desagradáveis e elaborar estratégias para remediar a carência atual.
Quando esses sintomas são persistentes, ocorre a frustração, uma condição determinante do estresse. Às vezes, o objeto da necessidade é inexistente ou insuficiente. Nesses casos é chamada de frustração primária. Outras vezes, existe um obstáculo entre a necessidade e a satisfação (frustração secundária). Se o agente frustrante é impessoal, como um objeto, um agente natural como a chuva ou o frio, uma regra ou à distância, é chamada de frustração secundária passiva. Se o agente frustrante é uma pessoa, fala-se de uma frustração secundária ativa externa. Nas situações onde a própria pessoa é seu agente frustrante, fala-se de frustração secundária ativa interna. Todos esses casos geram uma condição de ansiedade.
"No ser humano, a previsão de uma frustração ou de uma situação de sofrimento pode desencadear uma resposta emocional antecipatória, que pode tanto ser lógica e sintonizada com a realidade como pode ser fantasiosa ou auto-enganosa. De qualquer maneira, o conceito de frustração, nos seres humanos, abrange a ameaça da frustração como fenômeno subjetivo...Esse sofrimento pode tomar forma de dor,