bacharel
A Contabilidade nasceu como uma ferramenta de gestão. No final do século XV, o Tractus (de Frá Luca Pacioli), que é a obra reconhecida como marco inicial da Contabilidade, era dirigido aos comerciantes da época e apregoado como um método de controle dos negócios.
Atualmente, para grande parte das pessoas, contabilidade está associada à tributação e às leis que regem as sociedades e o comércio. Prevalece a idéia de que contabilidade seja, acima de tudo, uma obrigação legal e não se tem a sensibilidade de ela existir pela necessidade de se manter um sistema formal e universal de controle do patrimônio.
Sem dúvida, há uma grande utilização da informação contábil pelos órgãos responsáveis pela tributação nas esferas Federal, Estadual e Municipal. A legislação comercial, o Código Civil e a Lei das S.A. se preocupam com a qualidade e o formato das demonstrações contábeis. A legislação e as normas exigem que as entidades mantenham escrituração contábil, definem o conteúdo mínimo das demonstrações contábeis, seus formatos, periodicidade, critérios de avaliação etc.
A contabilidade legalmente regulamentada e formatada é importante para a tributação, para a tomada de decisões por investimentos, concessões de crédito, participação em concorrências públicas, parcerias em negócios etc. Todavia, não é suficiente para a gestão e o controle internos das entidades.
As demonstrações contábeis possuem finalidades externas à entidade. O Fisco, os acionistas minoritários, bancos, fornecedores e outros são usuários externos das informações contábeis e por isso as recebem de forma padronizada, prevista em lei e demais atos, uniformemente produzidas dentro de padrões mínimos de procedimentos e de qualidade, de modo que possam ser analisadas e interpretadas com um mínimo de segurança.
A informação contábil voltada para os usuários internos à entidade, que participam diretamente de suas atividades e de sua