Bacharel
DA RACIONALIZAÇÃO AOS SENTIDOS. DOS SENTIDOS À RACIONALIZAÇÃO
Eloiza Amália Bergo Sestito
Sonia Maria Vieira Negrão
Teresa Kazuko Teruya
INTRODUÇÃO
A arte é uma atividade que sempre esteve presente no processo civilizatório da sociedade. No decorrer da história, verifica-se o papel fundamental que a atividade artística teve para o desenvolvimento cultural e social das mais diferentes formas de organização da vida humana. O homem tem utilizado as linguagens artísticas como forma de expressar seu entendimento e apropriação da natureza e da vida social.
Diretamente ligada às relações humanas e ao processo educativo, a arte registra a presença do homem no mundo como seu principal agente de mudanças. No âmbito educacional percebe-se a presença das linguagens artísticas, desde os primeiros anos de escolarização até a idade adulta, a fim de educar os sentidos por meio da alfabetização estética para que o indivíduo se perceba inserido como agente de sua própria cultura. Essa concepção só começa a ganhar corpo nos dias de hoje, uma vez que a educação dos sentidos na história da educação recebeu várias interpretações, até chegar as formulações atuais, as quais foram ditadas pelas necessidades que se configuraram como determinantes da constituição do sistema educacional que emergia no contexto da sociedade capitalista.
Neste artigo pretendemos analisar as várias acepções que fundamentam o ensino da arte no decorrer da história da escola pública no Brasil, assim optamos por fazer um recorte no tempo, tendo como referência o período da Primeira República.
Nesse período consolidaram-se as lutas pela implantação da escola, pública laica e gratuita, bem como o estabelecimento de um Sistema Nacional de Ensino no país.
Tomando como base a educação para todos, pretendemos analisar as seguintes questões: A quem se destinava a educação estética? Quando foi incluída nos currículos escolares? Como foi pensada a