bacharel
António Nobre nasceu em 1867 na cidade do Porto onde passou sua infância e adolescência, até o inicio de seus estudos na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Aproximadamente aos 21 anos viajou para Paris, onde terminou seus estudos em 1893 na Faculdade de Ciências Políticas, é neste período que escreveu grande parte dos poemas que algum tempo depois foram reunidos no livro Só.
Diplomado, concorreu a um posto de cônsul, mas o ingresso na carreira diplomática não foi possível devido a tuberculose. Viajou muito nos últimos anos de sua vida a procura de uma cura, foi a hospitais na Suíça, em Madeira, Nova Iorque, hospedou-se em lugares próximos a Lisboa, voltou para casa de sua família no Seixo e morou no Porto na casa de seu irmão Augusto, onde em 1900 veio a falecer.
É importante dizer que o exílio de Antônio Nobre em Paris, as circunstâncias críticas de saúde e tudo que o autor viu e viveu contribuíram muito para as características da sua obra, mas como disse Paula Mourão
“Essas circunstâncias não nos importam pelo seu teor biográfico, que tem aliás conduzido a leituras errôneas (nomeadamente, ler o Só à luz da doença, a qual só se viria a manifestar depois de publicada a 1ª edição do livro); estes factos interessm-nos, sim, por abrirem pistas para a atenção que a sua poesia concede ao real, descrito com a minúncia e afecto, mesmo se à distância da memória e do sentimento de exílio, em todos os seus livros: Só (1892 e 1898), os póstumos Primeiros versos – 1882-1889 e Despedidas (além de abundante espistolário).”1
Veremos então como as características de um autor que possui “um ideal romântico, procedimentos