Ações de fisioterapia em dependência química

AÇÕES DE FISIOTERAPIA EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA!

Lionara Paim Marinho
“Se você quer transformar o mundo, mexa primeiro em seu interior”. (Dalai Lama)

A dependência química é um problema que tem motivado inúmeros debates em nossa sociedade, tanto pelos danos à saúde física e mental, quanto pelos prejuízos sociais que causa (acidentes, violência, desagregação das relações familiares, entre outros). Dados da literatura referem que existe um potencial dependógeno na população geral de dez por cento, ou seja, de cada cem pessoas que experimentam drogas, apenas dez se tornam dependentes e isso tem relação com questões genéticas e com algumas características da personalidade do indivíduo (impulsividade, onipotência, transtornos de personalidade, etc.). De um modo amplo pode-se dizer que as pessoas procuram a droga por dois motivos: busca de prazer ou alívio do sofrimento. É importante entender que a dependência química é uma doença e não um desvio de conduta, contudo, mais importante ainda é saber por que é uma doença e nesse aspecto o profissional da saúde deve estar bem informado. Em síntese pode-se dizer que qualquer tipo de droga, em última instância, vai provocar um aumento da liberação de dopamina no cérebro bem como a diminuição da recaptação dessa substância pelos botões sinápticos, o que implica em uma intensa sensação de prazer. Com o uso continuado ocorre tolerância, isto é, há necessidade de maior quantidade da droga para provocar a mesma sensação. Aos poucos, aquelas coisas que normalmente proporcionam satisfação ao ser humano, passam a ser substituídas pelo prazer trazido pela droga, tornando-o dependente desta substância, tanto que, sua falta pode desencadear crises de abstinência. No que diz respeito aos problemas psicofísicos provocados pela dependência química, cita-se, em relação à cocaína e ao crack, um estudo publicado por Cunha e colaboradores (2004), onde se encontrou alterações em testes de atenção, fluência verbal, memória visual e