Ação Social, Ética Protestante e Espirito do Capitalismo
Para Weber a sociedade deve ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais reciprocamente referidas. Por isso, ele define como objeto da Sociologia a Ação Social, ou seja, segundo Weber, “qualquer ação que o individuo pratica orientando-se pela ação dos outros.”.
Assim, Weber dirá que toda vez que se estabelecer uma relação significativa, isto é, algum tipo de sentido entre várias ações sociais, teremos relações sociais. Só existe ação social quando o individuo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações com os demais. Nem toda ação, desse ponto de vista, será ação social, mas apenas aquelas que impliquem alguma orientação significativa visando outros indivíduos.
Assim, ele estabelece quatro tipos/características de ação social:
- Tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado. Este tipo de ação é mais ou menos inconsciente, e geralmente não é questionada, já que o individuo imagina que agir de tal maneira é o correto porque as coisas sempre foram daquele jeito. Ex.: uso de saia na Escócia, troca de presentes no Natal, uso do chimarrão.
- Afetiva: Aquela determinada por afetos ou estados emocionais. As emoções são as maiores motivadoras de comportamento neste caso. Ex.: mãe bate no filho por mal comportamento, cuidados dos pais pelo filho, agir pela emoção.
- Racional visando os fins: Determinada pelo cálculo racional que estabelece fins e organiza os meios necessários. Neste caso ação não é orientada por um sentimento ou por um valor pessoal, mas por um fim objetivamente estabelecido. Ex.: construção de uma ponte, atuação no mundo financeiro.
- Racional visando os valores: Determinada pela crença consciente num valor considerado importante, independentemente do êxito desse valor na sociedade. É a ação pelo qual se busca um objetivo que, em si mesmo, pode até não ser racional, mas é