Weber
Professor: José Augusto
Sociologia II – Resenha do livro “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”
Em “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, um maiores clássicos de Max Weber e da própria Sociologia, o autor analisa a forma específica do capitalismo moderno e sua formação, que se originaria de um ethos religioso protestante (ou uma ética), que acabaria por definir uma conduta diferente nas relações de trabalho do indivíduo. Pouco a pouco, a ética protestante molda o ethos secular e gradativamente, a cultura. Esta visão torna-se interessante na medida em que Weber analisa o capitalismo como estilo de vida, algo cultural (ele adota esta visão somente ao unir as crenças protestantes e a vigência de um capitalismo que “compatibilizaria” com essas religiosidades) e não tanto como um sistema econômico, abrindo espaço a especificidade de variadas características do capitalismo moderno, com fenômenos locais e únicos. Uma ferramenta metodológica que auxiliou Weber a localizar estes fenômenos específicos foi o uso do tipo ideal, que serviriam de “guia” para o autor analisar sociologicamente os fatos, construindo uma realidade baseada na indução e destituída de julgamentos de valor, respeitando as especificidades de cada conjuntura social. É pois, uma tentativa de se aglomerar um conjunto de características marcantes de um objeto, cabendo ao investigador criar um instrumento analítico afim de pesquisar seu objeto. Cabe no tipo ideal variadas formas de interpretações do objeto. Deste modo, Weber traçou um paralelo entre advento do capitalismo e sua intrínseca ligação com o seu desenvolvimento em países protestantes.
Ao propor uma metolodogia do tipo ideal, Weber rompe com o padrão positivista usado por Comte e Durkheim, negando teorias gerais e suas leis, abrindo espaço para a singularidade e peculiaridade de variados fenômenos sociais. E difere do marxismo na medida em que o viés econômico (Especialmente na “Ética Protestante”)