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A Revolução Liberal portuguesa: Condicionalismos da Revolução
No início do século XIX, Napoleão dominava parte da Europa. O desejo de Napoleão era conquistar a Inglaterra e então decidiu fazer um bloqueio continental, no qual proibia os países europeus de comercializarem com a Inglaterra. Como Portugal era aliado tradicional da Inglaterra, que mantinha um ativo comércio marítimo, recusou esta ordem. Sendo assim, como vingança, as tropas de Napoleão invadiram Portugal por três vezes entre 1807 e 1810.
Para salvar a independência do Império Português, a família real deslocou-se para o Brasil, passando a capital portuguesa a ser o Rio de Janeiro. Quando Napoleão chegou a Lisboa, já não tinha com quem negociar a submissão do país. Entretanto, as tropas francesas foram expulsas definitivamente expulsas de Portugal em 1811, com a ajuda do exército inglês.
Os exércitos de Napoleão provocaram muita destruição, acentuando a fragilidade da economia portuguesa, mas contribuíram também para a divulgação das ideias de liberdade e igualdade, também em Portugal encontraram uma série de condições favoráveis à sua difusão:
Crise política- após a saída do rei para o Brasil, o reino ficou entregue ao general inglês Beresford, mas essa ideia era desagradável para o exército português e para os intelectuais liberais.
Crise financeira- a abertura de portos brasileiros à navegação estrangeira prejudicou os negócios dos grandes comerciantes.
Crise económica- a agricultura, o comércio e a indústria continuavam pouco desenvolvidos.
Crise social- o povo vivia sobrecarregada de impostos.

Esta situação de crise levou ao surgimento da Revolução Liberal, no Porto, e ao seu alastramento. O movimento revolucionário foi planeado pelo Sinédrio, uma associação secreta, dirigida por alguns burgueses e oficiais do exército.