Avaliação HTP
O HTP (house-tree-person), criado por John N. Buck, em 1948, corresponde a uma técnica projetiva do desenho da Casa – Árvore – Pessoa. Trata-se de um instrumento que estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica, permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados para o estabelecimento de comunicação terapêutica efetiva (avaliação e tratamento). Pode-se dizer que o uso projetivo dos desenhos tem lugar em diversas áreas da atividade clínica, sendo que sua tarefa pode der vista como uma amostra inicial de comportamento que possibilita ao profissional ter acesso às reações do cliente a uma situação consideravelmente não estruturada. Um importante indicador prognóstico é a capacidade de cliente e clínico permanecerem em contato, de forma a articularem experiências sob tais circunstâncias. É possível afirmar que os desenhos também estimulam o estabelecimento de interesse, conforto e confiança entre o profissional e seu cliente. Em se tratando de propósitos diagnósticos, o HTP é capaz de fornecer informações que, quando relacionadas à entrevista e a outros instrumentos de avaliação, podem revelar conflitos e interesses gerais dos clientes, bem como aspectos específicos do ambiente que ele acredite ser problemático. No caso de terapia em andamento, os desenhos podem refletir mudanças globais no estado psicológico de uma pessoa.
Um fator importante a ser mencionado é que, no manual do teste, não há referências acerca do processo de validação deste instrumento.
A última revisão do HTP foi realizada por Iraí Cristina Boccato Alves, em 2003, sendo publicada pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. Nesse processo de revisão, preocupou-se em preservar a riqueza clínica dos manuais anteriores formulados por Buck, porém houve uma reorganização e consolidação do material, com o objetivo de melhorar o acesso aos conceitos clínicos interpretativos geralmente aceitos. Como outros