Avalia o de uma Paralisia Oculomotora
Sónia Barão - Ortoptista
Introdução
Um desequilíbrio motor provocado pela paralisia de um ou vários músculos extraoculares deve ser, sempre que possível, claramente distinguido de um estrabismo comitante pois uma correcta identificação do músculo ou grupo de músculos paralisados é essencial para o sucesso da terapêutica.
Além disso, uma paralisia adquirida pode alertar para uma condição que pode afectar a saúde geral do doente.
Os termos parético e paralítico são frequentemente utilizados como sinónimos em clínica, mas o termo parético denota apenas uma paralisia parcial ou incompleta.
Ao longo deste trabalho vão ser abordados os exames necessários para uma avaliação adequada de uma paralisia oculomotora e a sua importância para a obtenção de um bom diagnóstico.
Sónia Barão - Ortoptista
Anamnese
Fazer uma boa anamnese é fundamental. É necessário perceber quando e como apareceram os problemas, se o início é difícil de precisar ou se, pelo contrário, aconteceu de forma mais ou menos brusca, por exemplo, após um acidente ou queda. Investigar se já existiram outros episódios de diplopia, por quanto tempo, se foi, ou não, espontânea e se teve tratamento. Quais os sintomas? Desaparecem ou são mínimos nalguma direcção do olhar? E se mexer a cabeça?
Além disso, tal como em qualquer outra avaliação devem investigar-se os antecedentes pessoais, hereditários e colaterais, patologias que o paciente possa ter, terapêuticas em curso.
Acuidade Visual
A medição da AV é muito importante, em particular em casos de paralisia em crianças com idade inferior a 8 anos para investigar se existe, ou não, ambliopia.
Durante a medição da AV através dos métodos habituais, pode notar-se a presença de um torcicolo, de estrabismo, ptose, midríase ou outros défices associados como a paralisia facial.
Observação
de
Torcicolo
–
Posição
Anómala
da
Cabeça
Compensatória
A maioria dos pacientes com estrabismo paralítico, habitualmente, mantém as