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Podemos observar que o ser humano, apesar de ter a capacidade de raciocinar, não tem a mesma oportunidade, uns por comodidade, outros a má distribuição de renda. Este filme retrata a desigualdade social que existe no mundo contemporâneo principalmente nos países subdesenvolvidos onde a má distribuição de renda e a falta de oportunidade de educação geram bolsões de pobreza principalmente nas periferias dos centros urbanos, onde a violência aumenta cada dia.
O filme mostra que todos somos seres humanos, e nos diferenciamos uns dos outros por ter mais poder aquisitivo, o que fica claro na última cena do filme em que porcos são melhores alimentados do que pessoas que não tem dinheiro. E os donos dos porcos os tratam bem para poder ter lucro. Numa complexa rede de compra e venda, desde a produção de alimento até o consumo das pessoas vemos a diferença de classes sociais. Também retrata a realidade subumana do cidadão excluído. Essa degradação humana é reflexo de uma política econômica e social perversa, imposta e estabelecida há décadas por aqui, que aniquila os sonhos e as perspectivas de uma vida decente dessas pessoas.
O poeta Manuel Bandeira parecia prever ainda no ano de 1947, que essa realidade cruel de miséria e degradação do ser humano seria tão verdade ainda nos dias de hoje:
O Bicho
“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.
No filme Ilha das Flores é exatamente isso que presenciamos. Homens como bichos e bichos como homens. E por que os porcos tiveram vantagem sobre os homens? Simplesmente porque os porcos tinham donos e nós não temos!
E quem cuida do homem? Que tipo de liberdade o homem está sujeito? O dono do homem é o estado? Pensando no fato de que o Estado é o responsável pela promoção de