Ava 6 ao 10
Era costume naquela época ter dois nomes. Por isso, tinha dois nomes, um para cada ambiente: SAULO, nome judaico (At 7, 58) e PAULO, nome grego (At 13, 9). Ele prefere e assina Paulo, mas Jesus o chama de Saulo, nome que determina qual era o seu povo, judeu (At 9). Como todos os meninos, judeus da época, Paulo recebeu sua formação básica na casa dos pais, na sinagoga do bairro e na escola ligada à sinagoga.
A formação básica compreendia: - aprender a ler e escrever; - estudar a Lei de Deus e a história do povo judeu; - assimilar as tradições religiosas; - aprender as orações, especialmente os salmos. O método era: pergunta e resposta, repetir e decorar, disciplina e convivência. Além da formação básica em Tarso, Paulo recebeu formação superior em Jerusalém com Gamaliel (At 22, 3).
A leitura da Bíblia era o eixo da formação, marcava a piedade do povo. Desde criança (2Tm 3, 15), os judeus aprendiam a Bíblia, era a mãe em casa, que cuidava de transmiti-la aos filhos. Assim, desde pequeno, Paulo aprendeu que “toda Escritura é útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” (2 Tm 3, 16-17).
O pai de Paulo era dono de uma oficina de tendas e com ele Paulo aprendeu a fabricar tendas (At 18, 3). Este aprendizado iniciava-se aos treze anos e durava dois ou três anos, sob uma disciplina rígida. O aprendiz trabalhava de sol a sol e Paulo a tudo se submeteu, apesar de não visar ser um trabalhador, mas para administrar a oficina, mais tarde, como proprietário.
Paulo sempre foi um homem profundamente religioso, judeu praticante, irrepreensível na mais estrita observância da Lei (At