Auxílio a mobilidade para portadores de lesão medular
Um dos principais objetivos do design de produto é trazer prazer com o uso. Tratar de um assunto como prazer e satisfação de utilização, bem como criar desejo de consumo, quando se trata de um tema como mobilidade e cadeiras de rodas é algo difícil para muitos de nós. A conotação que normalmente se dá a um objeto de auxílio a mobilidade é negativa, tanto pelo motivo que causa o seu uso – a restrição das funções naturais de movimentação corporal, a diminuição física - quanto pela sua imagem pesada, triste, severa, de obrigatoriedade de uso para quem depende destes objetos.
Pretendemos, porém, trazer leveza e inovação para o objeto que melhor auxilia as pessoas com mobilidade reduzida nos membros inferiores – os paraplégicos. Na atualidade onde os cadeirantes são parte inquestionável da sociedade, estudando e atuando no mercado de trabalho, é mais do que necessária uma reformulação de design do objeto, levando em consideração o gosto pessoal de quem o utiliza, as novas tecnologias e as atuais condições arquitetônicas.
1 PROBLEMÁTICA
Cerca de 10% da população mundial sofre de alguma deficiência física. Milhões de brasileiros não saem de casa porque não podem circular sem a ajuda de algum parente ou amigo. Segundo estimativas da ONU, para os países em estágio de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, 10% da população, ou seja, aproximadamente 15 milhões de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência. Conforme os dados do IBGE, estabelecidos através do Censo de 2000, 24,6 milhões de pessoas são portadoras de pelo menos um tipo de deficiência ou incapacidade, o que corresponde a 14,5% da população brasileira, que era de 169,8 milhões em 2000. De acordo com a Legislação Federal do Brasil, a Lei nº 10.098/200 determina a criação de normas e critérios para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida.1
A lesão da medula espinhal ocorre em cerca de 15% a 20% das fraturas da colunavertebral e a