Autoenganação Brasileira
Tomando como base a matéria do jornal O Estadão, “O País do Autoengano”, do dia 06 de abril de 2013, pôde ser analisado casos típicos de violência e a visão pais maravilhoso aos olhos, mas não ao seu cerne, o que é interpretado pelo psicanalista André Martins Vilar de Carvalho com uma abordagem não tradicionalista.
Começando com a contextualização de casos como estupro de uma turista, o qual para muitas pessoas pode ser um caso típico de violência e retratado até como comum, mas o psicanalista gera um pensamento anterior ao fato, tendo como base alguma espécie de problema cultural ou até mesmo distúrbio ou trauma vivido pelos criminosos, não querendo inocentá-los de algo, mas sim retratar que a realidade não condiz com aquilo que o país prega como direitos básicos de um cidadão. A violência não vem sozinha, não é por atitude de uma pessoa, isso é um conjunto de fatores que favorece uns e desfavorece outros, fazendo com que a pessoa queira fazer justiça com as próprias mãos. O outro caso de violência é o da mulher que matou uma criança por estar sendo assediada pelo pai da mesma, o que retorna ao ponto onde a pessoa quer fazer justiça com seus próprios atos, já que o sistema não conspira a favor da realidade.
O outro assunto pregado é a maquiagem aplicada ao paisagismo do país, tendo dito como “O país tropical, abençoado por deus” ou ao Rio de Janeiro como “Cidade Maravilhosa” isto é uma ilusão criada para criar subterfúgios dos problemas graves que acontecem. Muitos olhos são virados para a violência como tráfico de drogas, assaltos, assassinatos, enquanto o real problema está na base do sistema do país, o qual prioriza direitos básicos e fundamentais do cidadão como educação, comida e moradia e não atende por falta de controle público ou por tentativas de combater o problema focando em problemas de outros países ou outras culturas. As olimpíadas são mais um motivo de gastos do dinheiro público com obras superficiais, nem tanto