auto-regulação da pressão arterial
A autorregulação da pressão arterial é a capacidade que o organismo humano possui de regular fisiologicamente os valores dapressão arterial. É na realidade uma designação genérica que engloba uma panóplia de mecanismos fisiológicos que se interligam na senda de estabilizar a pressão arterial em valores adequados à perfusão sanguínea dos tecidos. Os mecanismos da autorregulação conseguem responder a estímulos químicos e físicos que denotem uma alteração da pressão sanguínea ou das necessidades de perfusão.
Os mecanismos que asseguram a autorregulação da pressão arterial pelo organismo podem ser, para efeitos práticos, divididos em dois grandes grupos: mecanismos locais e mecanismos sistémicos. Os mecanismos locais regulam a pressão arterial de um leito capilar em função das condicionantes específicas do local. Entre esses mecanismos encontram-se: o efeito de Bayliss, o efeito de Schretzenmayer, a modulação endotelial do tónus vascular e a regulação metabólica do tónus vascular. Os mecanismos sistémicos adequam os valores de pressão arterial em função de alterações de magnitude muito superior, capazes de alterar a capacidade de perfusão sanguínea de todo o organismo. Os mecanismos sistémicos de regulação da pressão arterial sub-categorizam-se em função das estruturas responsáveis pela sua acção em: mecanismos neurogénicos, mecanismos hormonais e mecanismos renais. Os mecanismos sistémicos são muitas vezes categorizados em função da duração dos seus efeitos: mecanismos a curto prazo (neurogénicos), mecanismos a médio prazo (hormonais) e mecanismos a longo prazo (renais).
O interesse fisiopatológico destes mecanismos é imenso, pois a sua desregulação parece estar na base da Hipertensão arterial essencial, quadro patológico que corresponde a mais de 90% de todos os casos de hipertensão arterial. A hipertensão arterial é um dos principais factores de risco para patologia cardio-vascular. Consequentemente, estes mecanismos são