Aula de fisica pro ensino findamental

9196 palavras 37 páginas
CAPÍTULO 1

Experimentação em ciências abordagem crítica e propostas[1]

É provável que os primeiros equipamentos experimentais destinados à demonstração de princípios científicos tenham sido criados por Arquimedes para o museu de Alexandria (Egito), no século III a.C. Desde então, um número incontável de equipamentos, experimentos e brinquedos têm sido criados com as mais variadas finalidades, da pura diversão à pesquisa em ensino de ciências.

1 A experimentação no ensino tradicional

No Brasil a experimentação nunca chegou a ser uma prática pedagógica rotineira. Até meados do século XX, algumas poucas escolas possuíam aparelhos prontos, específicos para determinados experimentos de demonstração. Comumente os alunos apenas assistiam às demonstrações realizadas pelo professor, em geral em laboratórios didáticos únicos para todas as disciplinas de ciências, com grandes balcões fixos e paredes azulejadas. Por volta da década de 1950 já existiam, também em algumas poucas escolas, materiais destinados a trabalhos do aluno e salas mais adequadas ao funcionamento de laboratório didático de física, porém ainda se oferecia pouco espaço para a ação independente e criadora dos estudantes. A eles cabia seguir, passo a passo, um roteiro rígido que os conduzia do começo ao fim da atividade proposta. Embora ainda exista e até predomine em escolas técnicas e cursos superiores de graduação, esse tipo de atividade tem sido, há pelo menos três décadas, objeto de severas críticas por parte de pesquisadores em ensino de ciências. O argumento é que os alunos apenas seguem mecanicamente os passos do roteiro, sem questionamentos ou reflexão sobre a tarefa. Não há surpresas ou descobertas; provavelmente tudo o que será obtido já é familiar e está previsto no roteiro. Antes dessas últimas décadas de contestações, tais críticas fariam pouco sentido. Predominava no ensino a pedagogia tradicional, que preconiza as mesmas orientações didáticas para todas as

Relacionados