Aula 03
Celso Furtado – Cap. 01-06
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Leitura Adicional:
Celso Furtado – Formação Econômica Brasileira
Capítulos de 01 ao 06
Universidade de Brasília - Departamento de Economia
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL – 1º/2014 – Turma A
Prof. Flávio R. Versiani
3º ROTEIRO DE DISCUSSÃO DE TEXTOS
(FURTADO, Formação ...., caps. 1 a 6)
No capítulo 4, Furtado faz várias afirmativas relacionadas à desvalorização cambial da moeda portuguesa, observada na segunda metade do século XVII. Diga como você entende o argumento do autor (em particular os trechos sublinhados), em cada caso.
a) A desvalorização era uma consequência natural da queda no valor das exportações causada pela redução no preço e na quantidade exportada de açúcar (nota 18) e “indica claramente a enorme importância que tinha para a balança de pagamentos de Portugal o açúcar brasileiro” (último parágrafo); Uma queda na receita de exportação de um artigo com peso importante na pauta de exportações faz cair o valor total das exportações e reduz, portanto, a disponibilidade de moeda estrangeira (ou de ouro, na época). Essa redução faz subir o preço da moeda estrangeira, ou seja, desvaloriza a moeda nacional. (Como atualmente: alta na cotação do dólar significa desvalorização do real).
Se a queda na receita de exportação de um só produto, o açúcar, foi suficiente para reduzir o valor total das exportações portuguesas, claramente o açúcar era parcela importante dessas exportações.
b) a desvalorização diminuiu os prejuízos causados aos comerciantes portugueses de açúcar pela queda de preços do produto (nota 18);
A desvalorização pode compensar uma queda no preço internacional de um produto de exportação. Suponhamos que o preço de uma saca de soja caia de 20 para 12 dólares (uma queda de 40%), mas ao mesmo tempo o real se desvalorize, passando a cotação de dólar de R$2,00 / US$1 para R$3,00 / US$1. O valor recebido pelo exportador de soja, em reais, passa de R$ 40 para R$ 36, por cada saca exportada. Quer dizer: uma