AugustComte

Em defesa da sociologia - Authony Giddens, Editora UNESP, São Paulo, 2001. Capítulo: August Comte e o positivismo.

Authony Giddens, sociólogo britânico, tem como interesse se concentrar na reformulação da teoria social e na compreensão do desenvolvimento da modernidade. Em seu livro Em defesa da sociologia, no capítulo Comte e o positivismo, Giddens explica como a criação do Curso de filosofia positiva, de Comte, atinge a sociedade do século XIX, colocando Comte e Marx no mesmo nível como figura predominante no pensamento social da época.
Em uma abordagem curiosa e original, o autor explora o modo como Marx e Comte cruzaram seus caminhos. Ambos voltaram suas ideias para as conquistas das ciências naturais, devido as preocupações com as crises desencadeadas pela revolução política e industrial. Após isto, chegaram a conclusão de que a ciência é o único conhecimento verdadeiro e que para se provar se uma teoria é correta, ela precisa ser comprovada através de métodos científicos válidos.
Giddens descreve o positivismo de Comte como uma corrente conservadora, pois justificava a sociedade que estava surgindo inspirada no feudalismo, com sua séria e estável hierarquia social. A hierarquia das ciências, apresentada por Comte, mostra isto. Seguindo esse mesmo princípio, Comte relaciona a lógica entre as ciências, analisando tanto no sentido analítico como no histórico e justificando como foram formadas as hierarquias.
Comte rompeu sua parceria com o Saint-Simon, seu mentor, e após isto, passou por discussões corrosivas com diversos estudiosos, em busca de reconhecimento e cargos acadêmicos na França. Augusts Comte também foi obrigado, pela própria mãe, a se casar com uma prostituta e tinha fortes crises de cólera. Porém, nenhuma destas experiências foram citadas no Curso, que constitui uma prova do equilíbrio da sociedade e da natureza. August Comte acreditava que o positivismo melhoraria o país em termos morais, intelectuais e até mesmo materiais, de acordo com