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O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NA CLÍNICA DAS TOXICOMANIAS

O DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) foi elaborado na década de 60 para a classificação das diversas categorias de diagnósticos, com base na observação e descrições fenomenológicas das patologias e sintomas, através de exames clínicos e como descobrir o causador externo das mesmas.
Sua orientação classificatória consolidou-se no final do século XIX e início do século XX, baseado na hereditariedade e degenerescência, porém Freud se opôs a essa classificação utilizada pela psiquiatria e elaborou novo diagnóstico distinto entre neurose e psicose assim, compreendeu a intenção do sintoma e que os mesmos podem ser tratados através da psicanálise.
Na década de 50, o modelo biológico passou a ser substituído pela ascensão do bioquímico e pela produção das primeiras drogas antipsicóticas e antidepressivas, surgindo assim uma nova alternativa de tratamento.
O DSM III, publicado na década de 80, foi um marco na psiquiatria moderna, por ter sido elaborado através dele uma taxonomia pluralizada das psicopatologias organizadas, através de um modelo de regulação bioquímica do comportamento.
Até a publicação do DSM III, não estava incluso o conceito de comorbidade, ou seja, não havia como definir a distinção entre psicose e neurose, mas a partir dele houve um aumento progressivo das categorias diagnósticas, como por exemplo, a subdivisão da neurose de angústia em transtorno do pânico com e sem agorafobia.
Na mesma década Jacques Alain Miller analisou a relação entre psicanálise e psiquiatria e concluiu que eram contraditórias as posições tomadas pelos profissionais de psiquiatria e psicanálise. Apesar das duas tratarem o sofrimento, não possuem a mesma estrutura, pois a psicanálise trata da exigência individual do paciente, quanto que a psiquiatria comanda o lado social, do poder público, assim acontece também com os sintomas uma baseia-se na observação, descrição ou classificação, enquanto