Atletismo
Para o presidente do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), Manuel Carlos Neri da Silva, situações como essas mostram o despreparo dos profissionais, o que poderia ser sanado se houvesse mais capacitação. Segundo ele, nos últimos dez anos a oferta de cursos de enfermagem aumentou muito, mas nem todos têm a qualidade necessária. Isso se reflete no número de profissionais disponíveis no mercado, na sua maioria técnicos e auxiliares capazes de fazer apenas cuidados básicos de enfermagem. Entenda a diferença entre os cargos de enfermagem- O número de profissionais que cometem erro é pequeno, mas a questão é como erra. Em cinco anos, houve aumento de 30% de erros desses profissionais no Brasil e os conselhos têm julgado e punido com a perda do direto [ de atuar na área].
Há hoje no Brasil 1,5 milhão de profissionais na área – são 300 mil enfermeiros e 1,1 milhão de técnicos e auxiliares, em números do Cofen.
- Faltam políticas públicas que disponibilizem cursos de capacitação para esses profissionais. Eles não têm como se atualizar por conta própria, porque já ganham muito pouco.
Foco no paciente
Mais do que a falha de atualização, o grande problema é a falta de cuidados essenciais com o paciente, de acordo com o presidente do Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), Claudio Alves Porto. Para ele, a “falta de consciência de que o trabalho está ligado à vida e que um ato, por mais banal que seja, pode ser a diferença entre a vida e a morte” explica boa parte dos erros cometidos.
- [As auxiliares de enfermagem] sabiam que poderiam causar danos e tenho certeza que não ignoraram isso. Mas o