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7.1 Educação? Educações: aprender com o índio
Cada sociedade possui um conjunto de “regras de boa convivência” que são entendidas como sendo a “boa educação”, que deve ser ensinada a todos. Quem não as segue é considerado “sem educação”, mas isso não significa que seja uma pessoa que não recebeu nenhum tipo de educação. A “obrigação” de ensinar estas regras na maioria das sociedades é, geralmente, da família, principalmente dos pais.
Não há um consenso “universal” sobre estas regras, o que pode fazer com que uma pessoa se comporte de maneira educada para um determinado grupo e com “falta de educação” em outros. Portanto existem muitos tipos de educação e eles variam de acordo com a cultura, os costumes, as necessidades de um povo.
No texto de Brandão (1993), os índios das Seis Nações iniciam a sua carta usando expressões cordiais para demonstrar uma “boa educação”, a fim de garantir a boa convivência entre os povos. Não é exatamente um sinal de ingenuidade, principalmente porque o conteúdo da carta demonstra o quão sábio eles são. Eles perceberam que a educação pode ser utilizada como forma de dominação entre os povos de forma bilateral, ou seja, ela pode ser utilizada para transformar comportamentos, pensamentos e transformar uma sociedade.
No Brasil, a educação é considerada como um “direito de todos” e é dever dos pais e responsáveis manterem seus filhos nas escolas. As escolas são consideradas formadoras de cidadãos, com seus currículos impostos por um sistema centralizador e baseado, geralmente, em um modelo europeu, que nem sempre se identifica com a cultura dos diferentes grupos sociais dentro do país.
As “verdades” ensinadas nas escolas brasileiras são teoricamente baseadas em métodos científicos, o que as torna, de certa forma “universal”, quando se referem às ciências exatas e biológicas. As “verdades subjetivas” ficam a cargo de quem as transmite, por isso é muito importante que o professor permita e