ATEÍSMO E LIBERALISMO IMPLICAM MAIOR INTELIGÊNCIA EM RELAÇÃO À RELIGIOSIDADE E CONSERVADORISMO?
824 palavras
4 páginas
Não é raro ver publicado em páginas de cunho ateísta pesquisas apontando que ateus e liberais são em média mais inteligentes que religiosos e conservadores. Como o resultado de tais pesquisas e estudos vem sendo utilizado por muitos ateus (em especial neo-ateus) como prova inequívoca de superioridade intelectual destes em relação aos que adotam alguma religião, há a necessidade de que sejam feitas algumas ressalvas, afim de que a questão fique um pouco mais clara.Ateus/Liberais tem QI maior que Teístas/Conservadores, e daí?
Sim, a noticia é real e pesquisas confirmam que de fato o QI de ateus/liberais é maior que o de religiosos/conservadores, mas isso não significa necessariamente que o primeiro grupo seja mais inteligente que o segundo, pois a inteligência é compartimentada em nove tipos distintos e correlacionados conforme a teoria das inteligências múltiplas do Psicólogo Howard Gardner que é a mais aceita no meio acadêmico para descrever com acurácia as habilidades intelectuais humanas. Os tipos de inteligência listados por Gardner são: Inteligência Lógica, Linguística, Motora, Espacial, Musical, Interpessoal, Intrapessoal Naturalista e Existencial. Todo ateu é muito bom em matemática (problema lógico) e todo religioso é estúpido em relação a ela? Em média, os que seguem alguma religião têm menor noção espacial que os ateus? Compartimentando os tipos de inteligência e comparando cada um deles individualmente entre indivíduos de ambos os grupos que apresentam condições similares de obtenção de conhecimento e condições socioeconômicas similares, a diferença intelectual seria muito menor. Talvez a diferença média entre os grupos até inexistisse, exceto em dois campos: o linguístico e o Naturalista.
O que é a Inteligência Linguística e por que Ateus/Liberais se sobressaem neste terreno em relação a Religiosos/Conservadores?
Algo nessa história tem um fundo de verdade; a evidente superioridade argumentativa dos ateístas na média em relação aos que defendem