astraulia

Estatísticas e Estudos Regionais

A AGRICULTURA DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
Diagnóstico Prospectivo
Carlos Lima*

Este artigo, revisto e actualizado pelo autor, surge na sequência de um estudo elaborado para a Associação de Municípios de Trás-os-Montes e
Alto Douro, intitulado “Trás-os-Montes e Alto Douro: Diagnóstico
Prospectivo e Estratégias de Desenvolvimento”, publicado em 1999.
Volvidos dez anos desde o último Recenseamento Geral Agrícola (RGA/89), o objectivo deste documento é apresentar a evolução registada por determinados indicadores estatísticos ao longo deste período, nomeadamente os fornecidos pelos Inquéritos à Estrutura das Explorações Agrícolas (IE) do Instituto Nacional de Estatística (INE), com o intuito de aflorar a discussão sobre os principais factores que estiveram na génese destas mudanças e que poderão ser objecto de confirmação aquando da disponibilização dos resultados do RGA de 1999, cujo apuramento decorre neste preciso momento.

A ACTIVIDADE AGRÁRIA CONTINUA A MARCAR O
TERRITÓRIO DA REGIÃO

Numa primeira abordagem ao sector agrário de Trás-os-Montes e Alto Douro, cujo limite, nesta análise, corresponde à Região
Agrária de Trás-os-Montes, é imperativo justificar a sua importância no contexto regional. Em primeiro lugar, a Região Agrária de
Trás-os-Montes continua a afirmar-se como um território de expressão eminentemente rural, onde se observa a presença de alguns “núcleos urbanos”, na sua grande maioria de pequena dimensão, caracterizados pela sua estreita ligação ao meio rural envolvente.
Um segundo aspecto é a relação entre a dinamização do território e a actividade agrária. Se é um facto que o êxodo e a regressão demográfica têm marcado a região, e reconhecendo que estes fenómenos têm
* PRODOURO

atingido sobretudo o seu espaço mais
“ruralizado” e a própria agricultura, esta última continua a ser uma actividade fundamental para a “viabilidade” do território.
Estes dois aspectos