Assistência farmacêutica
Farmacêuticas
Básica e Aplicada
Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v. 26, n.2, p. 87-92, 2005
ISSN 1808-4532
Journal of Basic and Applied Pharmaceutical Sciences
Assistência farmacêutica como um modelo tecnológico em atenção primária à saúde
Araújo, A.L.A.1,2; Ueta, J.M.2; Freitas, O.2*
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Faculdades Federais Integradas de Diamantina
Departamento de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Recebido 23/06/05 / Aceito 31/10/05
A Assistência Farmacêutica foi abordada nesta revisão e análise, como um modelo tecnológico em saúde.
Utilizou-se como referência um conceito de tecnologia mais abrangente, no qual ela é entendida como “constituída pelo saber e por seus desdobramentos materiais e não-materiais na produção dos serviços de saúde” (Gonçalves, 1994). As diferentes formas de organização dos serviços de saúde constituem modelos tecnológicos que podem ser caracterizados, conforme o grau de incorporação tecnológica, em atenção básica, secundária e terciária.
Quanto ao tipo de propriedade, privado, estatal, filantrópico,
previdenciário e outros (Campos, 1992).
Um modelo tecnológico ou modalidade assistencial, pode ser definido como “um modo como são produzidas as ações de saúde e a maneira como serviços de saúde e o
Estado se organizam para produzi-las e distribuí-las”
(Campos 1979), ou “uma modalidade de intervenção do
Estado, resultante dos diversos sentidos que adquirem as políticas de confronto de classes e de interesses, num determinado modo de produção de distribuição da atenção à saúde, em conjunturas específicas” (Carvalho, 1993).
No Brasil, em especial no Estado de São Paulo, foram implantados diversos modelos tecnológicos na saúde pública, conforme revisado por Gonçalves (1994). Até meados da década de 20 do século passado predominou o modelo conhecido como campanhismo, com ênfase na utilização da polícia sanitária e nas