O Agridoce Amanhecer no Subúrbio Amanheceu. Acorde, menino! Levante desta cama estirada sobre chão e acorde os teus ossos – ossos que já estão com preguiça de sair da hipnose do descanso, porém é necessário e primordial viver mais este dia. Abra estes olhos cansados de tanto sonhar e desperte a tua mente para bailar neste cantar dos pássaros que entoam sua canção lá dos ninhos do telhado. Pássaros que glorificam os raios de sol para o vendedor que passa na rua ou até mesmo para a senhora que sempre realiza a coleta no lixo do prédio ao lado. As criaturinhas cantam: ‘Acorde e veja este sol, aspire este ar novo!’, e o menino, ainda relutando para sair da cama quentinha, é obrigado a dar ouvidos as pequenas aves que só querem festejar o nascer do novo céu. Simplificando este novo começo, o pequeno menino passa a imaginar se o dia que transborda pelas janelas e invade a casinha no alto do edifício pelas brechas da porta irá enfim raiar sob o seu brilhante olhar. O tempo passa e o menino se apronta para o seu destino cativar. Cada detalhe é importante, é tudo uma filosofia que só aquele coração jovem pode compreender. Quando a visão do exterior é finalmente exposta sob aqueles olhinhos marrons, tudo está contemplado onde poderia e deveria estar. É certamente um belo dia no aconchego do subúrbio. O sol raia de forma tão suave e ao mesmo tempo tão precisa, que é até confuso olhar esta luz natural difundir-se pelas ruas largas. De certo modo, os pássaros estavam certos, afinal de contas. O menino ainda presente, caminha atento ao lugar que o cerca, seguindo seus passos na rua que possuí as calçadas tortas – talvez, estas ladeiras tortas se devem aos corações partidos que ali se acumularam e formaram estas estradas decaídas, pretas e que brilham sobre as poças de água que a chuva gelada deixará na madrugada. Ele pensa em todas as pessoas que seguem em linha reta para seus trabalhos, andando de forma precisa e apressada. ‘Por que eles não saboreiam esta