Aspectos neurobiológicos do TDAH e a TCC como modelo psicoterápic
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IntroduçãoCrianças inquietas, desatentas e impulsivas representam desafios importantes para seus cuidadores e escolas na qual pertencem. Com esses comportamentos descritos as crianças têm recebido o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH), porém somente isto não é o suficiente para o diagnóstico. Tal distúrbio, que já foi denominado Disfunção Cerebral Mínima e Síndrome Infantil da Hiperatividade, nos anos 60 e 70 passou a ter um conceito mais amplo com o reconhecimento do déficit de atenção e a impulsividade como sintomas (Rohde e Halpern, 2004).
O DSM-IV (2002) descreve um conjunto de sintomatologias para um diagnóstico do TDAH e define a idade de início dos sintomas antes dos 7 anos. A apresentação clínica do TDAH, segundo esse manual, compreende três grupos de sintomas - desatenção, impulsividade e hiperatividade - sendo que estes sintomas precisam ser mais freqüentes e severos do que aquele tipicamente observado em indivíduos em grau equivalente de desenvolvimento, bem como precisam afetar mais de uma área da criança como, por exemplo, trazer prejuízo ao desempenho acadêmico e relacionamentos sociais.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é o distúrbio neurocomportamental mais comum da infância (Racine e cols., 2008) que acomete aproximadamente de 3 a 5% das crianças, sendo mais usualmente encontrado em meninos do que meninas - meninos são afetados três vezes mais do que meninas (Karande, 2005). Durante muito tempo acreditou-se que as crianças ocasionalmente superariam tais dificuldades na adolescência, entretanto atualmente é consolidado como um transtorno também identificado em meninas, adolescentes e adultos, sendo que na adolescência sintomas de hiperatividade diminuem significativamente comparados principalmente ao sintomas de desatenção e impulsividade, mas que ainda podem causar um grau acentuado de prejuízo no funcionamento global do indivíduo.
Por ser um transtorno freqüente é