Aspectos da educação formal na colônia de pescadores da comunidade de redonda-icapuí-ceará
Oliveira1, V. V.; Costa2, A.; Marinho3, R. A.; Conceição4, R. N. L.
1. Universidade Federal do Ceará, e-mail: vandavoliveira@yahoo.com.br
2. Universidade Federal do Ceará, e-mail: angelitacosta39@yahoo.com.br
3. Universidade Federal do Ceará, e-mail: marinho.rey@gmail.com
4. Universidade Federal do Ceará, e-mail: nonatodelima@ufc.br
Palavras-chave: escola, precariedade, falta de perspectivas.
INTRODUÇÃO:
O ensino formal no contexto de comunidades economicamente menos favorecidas configura-se historicamente como um grave problema social que, embora represente uma constante temática na abordagem de pesquisadores e estudiosos da educação, pouco tem merecido a atenção das políticas públicas. A despeito do ingresso na escola estar cada vez mais garantido, o cotidiano em sala de aula evidencia um grande distanciamento entre o acesso ao ensino e a permanência do aluno no percurso dos anos de escolarização básica, compreendendo a dimensão de uma aprendizagem significativa e assegurando a continuidade desse processo até o nível acadêmico (MACEDO, 2002).
O papel fundamental da escola é promover uma educação crítica, capaz de permitir ao indivíduo perceber e se apropriar do horizonte respectivo do mundo social que o cerca e do grupo com o qual convive, a fim de aceitá-lo ou de sair dele. E essa postura crítica só é possível quando se é colocado num espaço em que haja a reflexão (IBAIXE, 2009). Entretanto, a precariedade do sistema educacional público, aliada à falta de perspectivas em relação à formação profissional e à empregabilidade, agrava o desinteresse pela escola por parte de crianças e adolescentes que vivem em comunidades carentes, ocasionando o abandono precoce dos estudos e contribuindo para a marginalização social desses indivíduos.
Nas comunidades litorâneas do nordeste brasileiro, particularmente no Estado do Ceará, onde a principal fonte de renda