Aspectos Antropofágico da Cultura Brasileira
Pode-se se chamar de Ciclo das Utopias esse que se inicia nos primeiros anos do século XVI, com a divulgação das cartas de Vespúcio, e se encerra com o manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels, em 1848, documento esse que liquida o chamado Socialismo Utópico. Com o Manifesto de Karl Marx e Engels anuncia-se o novo ciclo – o chamado Socialismo Cientifico.Com ele coincidem os grande abalos da Europa liberal do século passado, onde esplendem, entre outras, as figuras de Mazzini e Garibaldi. Foi tão vivo o movimento liberal e tão sedutora a imagem de uma Europa progressista que o próprio Pio IX, se viu envolvido algumas vezes na onda patriótica que unificaria a Itália.
Os pontos altos do Ciclo das Utopias foram: no século XVI, a miscigenação trazida pelas descobertas; no século XVII, a luta contra a Holanda e o Tratado de Westfália; no século XVIII, a Revolução Francesa.Pode-se juntar a isso ao fenômeno que na alta antiguidade dividiu os semitas. Os judeus, julgando-se dentetores exlusivo dos favores de Deus, criaram o racismo.Os árabes criaram a miscigenação .E a luta desenvolvida por milênio, tanto no campo ético como no campo cultural, foi essa – entre o racismo dos judeus e a miscigenação dos árabes . As Utopias são, portanto, uma consequência da descoberta do novo Mundo e sobretudo da descoberta do novo homem, do homem diferente encontrado nas terras da América.
Karl Kautski escreveu um dos mais curiosos tratados que conheço sobre o cristianismo. A chave central do estudo é o materialismo histórico e acerta grandemente em muitas das suas afirmações e pesquisas. Que relação pode haver entre a asserção de Kautski e um estudo sobre as Utopias renascentistas? É que estas são filhas do impulso de uma raça exogâmica que fixou no monoteísmo guerreiro o seu destino histórico . Do ramo semita saiu da Arábia veio amescla numa decisiva oposição ao racismo fechado dos judeus, que tragicamente