Ascenção e queda do trabalho
O texto “ascensão e queda do trabalho” de Zigmunt Baumam discute que o primeiro uso da palavra “trabalho” foi registrado em 1776, com o significado de exercício físico dirigido a suprir as necessidades materiais da comunidade.
O autor coloca que a desigualdade social entre as nações é de origem recente. É um produto dos dois últimos séculos, e dessa época que vem a idéia do trabalho como fonte de riqueza, assim como as políticas nascidas e guiadas por tal suposição. O importante acontecimento “revolução industrial” causou a separação dos trabalhadores de seus meios de sustento. A produção e a troca deixaram de estar inscritas em um modo de vida mais geral, na verdade mais amplo, e assim o trabalho pode ser considerado uma simples mercadoria, sendo tratados como tal. Esta nova era industrial permitiu que fosse proclamado o advento de uma sociedade distinta, pois destruiu o campesinato, e com ele o vinculo natural entre terra, trabalho humano e riqueza.
Essa nova ociosidade de trabalhadores parecia, aos contemporâneos da Revolução Industrial, a emancipação do trabalho, mas sua relação estreita com a natureza não o deixou flutuar livremente e sem ligações por muito tempo, e dificilmente deixou este trabalho emancipado, livre para estabelecer e guiar seus próprios caminhos, uma vez que se descobriu que o trabalho era fonte de riqueza, foi tarefa da razão minar, drenar e explorar esta fonte de uma forma muito eficiente e jamais vista.
Henry Ford um dia duplicou o salário de seus trabalhadores, explicando que desejava que eles comprassem seus carros. Mas a verdadeira razão para essa medida pouco ortodoxa foi o desejo de eliminar a irritantemente alta mobilidade da força de trabalho. Ele queria atar seus empregados às empresas Ford de uma vez por todas e fazer render o dinheiro investido no treinamento, tornando os mesmos dependentes do emprego em sua fabrica.
Os trabalhadores dependiam de empregos para seu sustento, o capital dependia de