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Com a percepção de que, em vários programas sociais, existem diferenças de acesso e permanência ao esporte e ao lazer entre meninos e meninas, homens e mulheres; brancos, pardos, negros e índios; crianças jovens, adultos e velhos, heterossexuais e homossexuais, deficientes físicos e não deficientes ricos e pobres. Constataram também que, em função desses marcadores identitários, alguns sujeitos são excluídos da prática de atividades corporais e esportivas ou, quando incluídos, não têm as mesmas condições de permanecerem nas atividades.
Quando trabalhamos com políticas inclusivas é necessário, primeiramente, levar em conta que essas rejeições e exclusões advêm de preconceitos de diferentes ordens. É preciso considerar também que esses preconceitos acabam por limitar o acesso ao esporte e ao lazer, ou restringir tal acesso às pessoas que buscam aderir às diferentes formas de vivenciá-los. (Gênero e Raça: inclusão no esporte e lazer, 2009, p.5)
Precisa-se questionar, por exemplo, a idéia de que a menina que gosta de jogar futebol ou de lutar tem tendência a ser homossexual ou, que os negros são menos inteligentes que os brancos e, por isso que tendem a fazer sucesso em carreiras que não precisam de muito estudo, tais como futebol, atletismo e música, como cantor de funk e pagode. Evidenciam, de certo modo, o tratamento diferenciado que nossa sociedade atribui aos diferentes grupos sociais que a compõem. Parte dessas idéias, que são produzidas e cultivadas pelas elites dos grupos dominantes, se apresentam como parte da cultura nacional, como algo que não cabe discutir. Entretanto, são idéias de brancos, com o ponto de vista branco. Por isso, precisam ser analisadas, questionadas e ainda, problematizadas e isso é tarefa que cabe a todos nós, pois, faz parte da dimensão política da vida na qual estamos todos imbicados. As meninas/mulheres têm menos oportunidades