As práticas de saúde mágico-sacerdotais
Introdução As práticas de saúde magico-sacerdotais aborda a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.C.
Desenvolvimento
As práticas de saúde mágico-sacerdotais
Sempre em articulação com as estruturas sociais das diferentes civilizações, as práticas de saúde foram-se difundindo e diferenciando-se e é a partir da Grécia clássica, que vamos encontrar dados relevantes que permitem a compreensão da sua evolução. Com a economia já bastante desenvolvida nas suas principais cidades, o mundo grego difere profundamente do mundo oriental, mesopotâmico e egípcio, civilizando antes dele, não obstante tenha absorvido a influência destes com relação às práticas de saúde. A vocação marítima, estimulada pela presença do mar, é o mais importante fator econômico e civilizador, em uma época de total precariedade das comunicações terrestres. A terra pertence ao Estado ou, mais frequentemente, às aristocracias locais, ou ainda, a uma classe camponesa de médios proprietários e é cultivada pelos trabalhadores rurais e pelos escravos. Cultiva-se o trigo, a cevada, a vinha, a oliveira e certas frutas, em um solo calcário e em um clima mediterrâneo quente e seco. A criação é precária e somente propícia ao gado miúdo e, excepcionalmente, ao cavalo. O trabalho artesanal e domiciliar é difuso e evolui junto com a indústria e o comércio. A transmissão do poder obedece ao princípio da hereditariedade, sem, contudo, haver um critério que legitime, pois, em razão da poligamia, que era comum, mas intrigas e contestação armadas eram frequentes. A religião, como um fenômeno cívico, tem interferência na vida política do Estado, e este dá expressão maior aos deuses, cujo teor mitológico e dogmático corresponde às