as origens
Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial. (pp. 267 – 304). Sexto capítulo.
THOMPSON, E.P. Tempo, Disciplina de Trabalho e Capitalismo Industrial. In: Costumes em Comum: Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1998. PP. 267-304.
“Para a camada superior da humanidade, o tempo é um inimigo, e [...] a sua principal atividade é matá-lo; ao passo que, para os outros, tempo e dinheiro são quase sinônimos.” (Henry Fielding, Anequiry into the causes of the late increasc of robbers, 1751) (pp. 267).
“É lugar-comum que os anos entre 1300 e 1650 presenciaram mudanças importantes na percepção do tempo no âmbito da cultura intelectual da Europa Ocidental.” (pp. 268).
“E pela metade do século XVIII (se confiarmos em Sterne) o relógio já alcançara níveis mais íntimos. [...] É bem conhecido que, entre os povos primitivos, a medição do tempo está comumente relacionada com os processos familiares no ciclo do trabalho ou das tarefas domésticas.” (pp. 269).
“A pressa é vista como uma falta de compostura combinada com ambição diabólica. O relógio é às vezes conhecido como “a oficina do diabo” não há horas precisas de refeições, a noção de um compromisso marcado é desconhecida.” (pp. 270).
“É possível propor três questões” sobre a orientação pelas tarefas, primeiro, há a interpretação de que é mais humanamente compreensível do que o trabalho de horário marcado, segunda, na comunidade em que a orientação pelas tarefas é comum parecer haver pouca separação entre “o trabalho” e “a vida”. As relações sociais e o trabalho são misturados – o dia de trabalho se prolonga ou se contrai segundo a tarefa - e não há grande senso de conflito entre o trabalho e “passar do dia.”’’ (pp. 271).
“Terceiro, aos homens acostumados com o trabalho marcado pelo relógio, essa atitude para com o