: AS ORIGENS HISTÓRICAS DA MEDICALIZAÇÃO DO FRACASSO ESCOLAR*

ATUAÇÃO DO PSICOLOGO NO HOSPITAL

PSICOLOGIA HOSPITALAR

É pelas palavras que o psicólogo faz o seu trabalho de tratar os aspectos psicológicos em torno do adoecimento.
Quando o psicólogo entra no quarto do paciente ele trabalha com o corpo simbólico , o corpo simbólico esta nas palavras e em nenhum outro lugar . O psicólogo tem que ter esta noção, seu campo de trabalho são as palavras, ouvir mais do que falar, no registro real já o trata a medicina .Quando perguntam o Psicólogo só conversa? Freud já falava que a palavra é uma espécie de magia atenuada, este comentário é freqüente no hospital devemos nos orgulhar disso. Porque nenhum outro membro da equipe tem treinamento para trabalhar no campo das palavras, e onde exatamente o psicólogo é especialista.
Mesmo nos casos de pacientes sem condições orgânicas para falar, existem vários signos não verbais com valor da palavra , como gestos e olhares , a escrita e mesmo o silêncio.
Psicólogo e paciente conversam, e essa tal conversa é a porta de entrada para um mundo de significados e sentidos, o que interessa para o Psicólogo Hospitalar não é a doença em si, mas a relação que o doente tem com o seu sintoma ou primordialmente o destino do sintoma .
No hospital muita gente dando palpites e conselhos ao paciente, cobranças, mas não a ninguém como o psicólogo querendo escutar, o que ele tem a dizer, são temores dores, revoltas, fantasias expectativas que mobilizam muitas emoções no ouvinte. O único que tem treinamento é o psicólogo.
O diagnostico em Psicologia Hospitalar é uma visão panorâmica e muito ampla, exige que olhar passeie com vagar , primeiro aqui, depois ali, e acolá . Voltando inúmeras vezes ao mesmo ponto .
O psicólogo trabalha com paciência sem pressa de fazer o diagnóstico, e quando estabelecido nunca deve ser considerado definitivo, merecendo a cada novo encontro uma revisão.

2004 Casa do Psicólogo
Editora Ltda
1ª Edição 2004
1ª Reimpressão 2005
2ª Edição 2006
3 ªEdição 2007
4ª