As origens do pensamento Moderno e a idéia de Modernidade
Curso de Psicologia
Epistemologias e História da Psicologia
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
As origens do pensamento Moderno e a idéia de Modernidade, p. 139 - 154
Os registros apostam os séculos XVII-XIX como o período de “ebulição” dos pensamentos acerca das idéias de modernidade. Ainda que o termo “moderno” já fosse usado no período da filosofia medieval, ou seja, anterior a este, neste momento ela assume um sentido mais amplo e de maior significação.
Ainda mais anterior período medieval, encontramos este mesmo termo datando dos primeiros séculos do cristianismo, acerca de questões sobre o objeto da fé, que opõe “antiqui e moderni”, os antigos (os que viveram aC.) e os modernos (os que viveram dC.) Seguindo esta linha de raciocínio, o pensamento moderno está intimamente ligado ao anseio de os pensadores deste movimento em desbravar novas idéias, conceitos, fazeres, atitudes e posturas diante daquilo que não mais os satisfazia nos tempos de outrora - período medieval.
As noções fundamentais que estão diretamente relacionadas ao moderno são:
Novo seja considerado melhor, mais avançado que o antigo;
Valorização do indivíduo;
Aquilo que rompe com a tradição;
Sentido positivo de mudança, transformação, progresso, revolução.
Há três fatores históricos atribuídos a origem da filosofia moderna: Humanismo renascentista (séc. XV), Reforma protestante (séc. XVI) e a Revolução cientifica (séc. XVII).
Humanismo renascentista
Existe um lema atribuído ao filósofo Protágoras que diz que “O homem é a medida de todas as coisas”. Este lema marca de forma incisiva a visão do movimento Humanista. A teocentricidade é deixada de lado, dando lugar à valorização do interesse pelo homem considerado em si mesmo (etnocentrismo). A oposição entre a “dignidade do homem” e “a miséria do homem”, alude à dicotomia bem x mal,