As organizações inovativas: como incentivar e transformar cérebros em um diferencial competitivo no mercado
I – Introdução
Em um cenário de descontinuidade, com um mercado caracterizado pela extrema competição, onde as empresas têm de buscar continuamente uma vantagem competitiva para perpetuarem suas existências, e onde os produtos têm um ciclo de vida cada vez mais curto, as empresas devem estar sempre atentas a novas oportunidades, renovando-se constantemente, por vezes destruindo-se para construir-se de novo. Daí a importância do aprendizado e da geração de inovação como instrumentos de sustentação de estratégias.
A organização inovativa é exeqüível por meio de um eficiente processo de aprendizado organizacional e geração de conhecimento e inteligência. De acordo com Slater & Narver (1994:46), a capacidade superior de aprendizagem organizacional é uma fonte de vantagem competitiva imprescindível, onde a organização cria continuamente conhecimento e inteligência sobre as necessidades manifestas do mercado, onde opera. A aprendizagem organizacional, nesse caso, segundo os autores, ocorre quando indivíduos adquirem inteligência, ou quando indivíduos compartilham a inteligência com o restante da organização, ou ainda se os membros da organização alcançam uma interpretação compartilhada da inteligência, de maneira que a organização considere as mudanças no leque de seus potenciais comportamentos, baseada na interpretação compartilhada da inteligência por parte de seu corpo de funcionários e colaboradores.
Diante desse quadro, Moura (1990:72) salienta também que a pessoa humana é o motor fundamental de qualquer mudança, e sem a participação do indivíduo nenhuma mudança se concretiza. Através da história, segundo o autor, as mudanças realmente fundamentais ocorridas nas sociedades, não nasceram da imposição dos governos, nem resultaram das batalhas, mas foram obtidas através de um vasto número de pessoas que mudaram suas mentes - algumas vezes apenas um pouco.