As mutações do iof
João Luiz Mascolo, Doutor
Fabiano Marchiori Martins Marcelo Garcia Fernandes Renan dos Santos Cardoso
AS MUTAÇÕES DO I.O.F. (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros).
1-) DIANTE DA ELEVAÇÃO PARA 5 ANOS O IOF SOBRE CAPTAÇÃO EXTERNA EM MARÇO DE 2012, EXPLIQUE OS RESULTADOS DESEJADOS NA ECONOMIA DO BRASIL. O objetivo é conter a entrada de capital de curto prazo no país que favoreça a valorização do real em relação ao dólar. Havendo a necessidade de estender o prazo diante da constatação de que o prazo anterior não tinha eficácia porque as empresas buscam créditos mais longos. Com isso, o governo segura nessa frente a entrada de dólares no país e atua para desvalorizar o real. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem dito que quer um real mais desvalorizado, mas sem estabelecer um patamar. A preocupação com o câmbio deve-se, sobretudo, à situação da indústria que tem sofrido com produtos importados mais baratos. A produção industrial de janeiro de 2012 segundo dados do IBGE, caiu 2,1% em relação a dezembro de 2011.
2-) COM A ISENÇÃO DO IOF EM HEDGE CAMBIAL DE EXPORTAÇÃO RECENTEMENTE, PODEMOS AFIRMAR QUE TAL MEDIDA CAUSA UM IMPACTO DIRETO NO PRÓPRIO HEDGE? EXPLIQUE. Sim. A cobrança linear nos contratos de derivativos encareceu os produtos brasileiros no exterior, efeito contrário ao desejado pela área econômica. A alíquota de IOF sobre essas operações estava fixada em 1 por cento desde 15 de setembro do ano passado. A cobrança de IOF sobre derivativos tem gerado uma arrecadação de 50 milhões de reais por mês. O governo tem adotado medidas para conter o fluxo de capital especulativo ao país e impedir a valorização excessiva do real, que reduz a competitividade da indústria nacional. Algumas dessas medidas, porém, estão gerando efeitos colaterais em alguns setores, incluindo o próprio setor de exportação. Os exportadores brasileiros vêm tendo uma dificuldade em contrair o “hedge” diante do encarecimento do