As características da mulher no conto Maria Lionça

As características da mulher no conto Maria Lionça1
Licia Carneiro Silva2
O título desta breve análise tem por objetivo mostrar a construção da personificação, as características da mulher dentro do contexto do conto “Maria Lionça” de Miguel Torga, escritor que nasceu em 12 de agosto de 1907, em S. Martinho de Anta, Vila Real, conselho de Sabrosa Trás os Montes, aldeia onde cresceu, homem que mais tarde seria reconhecido mundialmente. Mudou-se para o Brasil ainda menino, aos 12 anos, por causa dos fatores econômicos de sua família. Viveu em Leopodina, onde trabalhou com um tio em sua fazenda de café, tio esse que prontificou-se a custear seus estudos. De volta a Portugal, após estudar no Liceu, ingressa na faculdade de medicina em Coimbra.
De origem simples, campesina, Miguel Torga escrevia sobre a realidade difícil de sua gente, sobre a luta diária de um povo pela sobrevivência marcado pelo sofrimento, pelo fado. Apesar de regionalista, sua obra rompe fronteiras, pois fala de problemas universais. Foi na literatura que Miguel Torga se destacou construindo um trabalho de caráter humanista, descrevendo principalmente o homem que imerge a realidade do mundo adverso, de sua cidade natal, seus costumes, crenças e tradições.
O gênero textual analisado será o conto, como já foi citado acima, porém faz-se necessário antes de analisar as características da mulher no conto “Maria Lionça”, descrever algumas características sobre esse gênero textual. De acordo com o Dicionário dos Termos Literários, o conto vem de uma expressão latina, computu (m) e embora o emprego deste vocábulo tenha sofrido algumas mudanças de gêneses desconhecida, o conto remota aos primórdios da própria arte da literatura.
Segundo Massaud Moisés, o conto é um prisma dramático equivalente: contém um só drama, um só conflito, uma história, uma só ação. O conto flui para um único objetivo. É atemporal, isto é, onde o tempo não conta, é irrelevante, podendo transcorrer uma vida inteira em apenas