As brigadas muralistas chilenas: propaganda política e imaginário revolucionário
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18/04/2013
Discente: Daniela Marx Damascena;
As brigadas muralistas surgem num momento político decisivo no Chile. A esquerda estava em ascensão política e contou com a ajuda propagandista das brigadas Ramona Parra e Elmo Catalán na construção de um imaginário político socialista, visando assim engendrar um apoio social em prol da causa política esquerdista no país. Vale ressaltar que foi a partir da Revolução Francesa que se tornou real a utilização de imagens, símbolos e cores como instrumento de luta e comoção política revolucionária.
No contexto histórico chileno da atuação das brigadas era de grande influência a ideia de uma arte pelo e para o povo, bem como a cultura antiamericana e que evidenciasse a luta popular, diretamente relacionada com uma formação de identidade popular e uma socialização do meio de formação dessa cultura do povo.
Essas organizações foram criadas na década de 60. Eram formadas de um público juvenil com motivação política e que usava de um mecanismo pictórico para criar um imaginário popular que apoiasse os políticos da esquerda chilena. A brigada Ramona Parra, criada pelas Juventudes Comunistas do Chile (JJCC) e a brigada Elmo Catalán, criada pela Federação da Juventude Socialista (FJS), foram as percussoras desse movimento político. As brigadas são por natureza, fenômenos políticos de cunho cultural que visam à funcionalidade coletiva na execução do trabalho. Contrapõe-se ao individualismo burguês e possui uma arte socialmente crítica a concepção desigual do sistema capitalista. Por meio da arte, aproxima o lúdico e o campo político e cria um ambiente de informação e convicção ideológica de criação e participação coletiva. Originaram-se na URSS logo após a revolução de
A origem do muralismo brigadista no Chile vem dos anos de 1963-64, e inicia-se em Valparaíso, com o objetivo de burlar a