ARTIGO NEMRI 2

O reconhecimento do lobby o princípio da publicação do art. 37 da CF/88 Edney Firmino Abrantes A palavra lobby tem a sua origem da língua inglesa, que etimologicamente, designa o salão de entrada dos edifícios. A palavra saiu do entendimento da arquitetura para se expandir para o entendimento da política, para referir-se à atuação de representantes de interesses (denominados lobistas) que, para apresentar seus pleitos, esperavam a passagem de tomadores de decisões políticas pelo salão de entrada dos edifícios onde eles se hospedavam ou trabalhavam. É público e notório que o lobby se sobressai efetivamente no campo político e nas nações hegemônicas como a Inglaterra e os EUA, onde é considerado um instrumento democrático de representação de interesses, pois é devidamente regulado por suas respectivas legislações aumentando o campo de atuação dos tais representantes de interesses com os tomadores de decisões. No Brasil, o lobby se inicia no ano da independência do Brasil (1822) e se estende até o ano de 1988, quando o país entra definitivamente, no período democrático sem interrupções até os dias de hoje, o que nos faz ainda uma democracia nova, em comparação as demais, o que não fortaleceu o lobby ao ponto de se tornar algo legalizado. No Segundo Império o lobby se fortalece com Irineu Evangelista de Souza, o grande Barão de Mauá que se notabilizou pelo pragmatismo e pelas estratégias voltadas para o fortalecimento da indústria. (SOUSA, 1957). Com a promulgação da Constituição de 1988, o lobby alterou a sua forma de atuação mediante ações das entidades empresariais, FIESP e da própria CNI, onde exigiam contrapartida do governo em defesa de seus negócios, lobby antigo inclusive, pois tais discussões vinham desde o fortalecimento das classes trabalhistas no antigo governo Vargas e que se estendeu por nossa democracia atual, onde essas entidades foram mais