Artigo de revisão anemia ferropriva
A anemia ferropriva é uma enfermidade que ao longo da história foi negligenciada. Na atualidade, contudo, uma série de estudos têm sido realizados. Tal carência é uma condição na qual o indivíduo apresenta um consumo de ferro abaixo do necessário para a manutenção da produção de hemácias, as quais produzem hemoglobina. Uma baixa produção dessa proteína acarreta má oxigenação dos órgãos. Quando a deficiência de ferro ocorre durante os primeiros dois anos de vida, há evidências de atraso no desenvolvimento psicomotor e alterações de comportamento (LOZOFF et al., 1987; WALTER et al., 1989; HEYWOOD et al.; 1989). A deficiência de ferro e a anemia carencial ferropriva, devido a sua elevada prevalência, às repercussões sobre o crescimento e desenvolvimento, às resistências e às infecções e à associação com a mortalidade em menores de 2 anos, são consideradas um dos principais problemas de saúde pública, sendo a deficiência nutricional mais comum em todo o mundo (DEMAYER EM. 1989. ) Essa vicissitude tem sido alvo de imperícias do setor público, visto que a carência de ferro ainda atinge as famílias brasileiras, principalmente aquelas de baixo poderio socioeconômico. Isso ocorre, uma vez que a suplementação nutricional fornecida pelo poder público (a cesta básica, por exemplo) tem quantidades deficientes de ferro. Além disso, a falta de informação pertinente nos estratos econômicos mais baixos da sociedade, torna difícil o controle, o tratamento e a prevenção dessa enfermidade. O presente artigo tem como objetivo levantar uma discussão sobre a ocorrência de anemia ferropriva na infância, suas causas e apontar falhas no sistema assistencial relacionado ao suprimento alimentar de famílias. Ademais, mostra-se relevante para atentar as unidades de saúde para as carências férricas das famílias pobres e propor intervenções que contribuam para a suplementação alimentar destas, de uma forma acessível e barata. Desse modo, é fundamental que se compreendam