Artigo de opinião sobre a atuação dos países desenvolvidos na questão do ebola
Há um fundo especial da ONU chamado Trust Fund, com finalidade de enfrentar emergências, como a que está ocorrendo no oeste da África. É previsto US$20 milhões das doações dos países, onde somente existem 100.000 dólares correspondentes apenas à ajuda da Colômbia. O secretário-geral da ONU veio pedir para que as promessas dos países se transformem em atos, expressando solidariedade enviando médicos, enfermeiro, materiais e centros de tratamento. Uma epidemia na qual já tem 4.500 mortes precisa de uma ajuda no valor de um bilhão de dólares, outro fundo da ONU recebeu apenas 38% da ajuda necessária. Se a crise se originasse em regiões como os Estados Unidos ou Europa, a comunidade internacional teria se manifestado pouco tempo depois, tanto que ao observarmos a evolução da crise, o que despertou a mídia para os incidentes ocorridos na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa foi quando a doença chegou aos EUA e nos membros da União Europeia. Foi a partir desses fatos que os países ocidentais aumentaram os controles dos suspeitos de contato com pacientes infectados.
É de se notar que a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou centenas de pessoa com a doença e ajudou a conter inúmeras epidemias ameaçadoras, tanto que a MSF conteve completamente a epidemia que se originou em Uganda, mas a falta de equipamentos de proteção transformava os médicos em pacientes.