Arte conceitual e concretismi brasileiro
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Arte conceitual e Concretismo brasileiro:Um debate sobre a arte.
1 Introdução
Neste trabalho, busco identificar os fundamentos da arte conceitual e do Concretismo brasileiro e, dentro desse contexto, discuto suas convergências e divergências. Tomo como base os textos utilizados nas aulas de Teorias da Arte (Universidade Federal Fluminense), ministradas pela professora Camilla Rocha, no primeiro semestre de 2013. Além disso, recorro a dois artistas influentes dessas duas vertentes, Joseph Kosuth (1945–) e Lygia Clark (1920–1988).
2 Contexto Histórico
As duas vertentes têm seu início dentro de um mesmo contexto histórico (1950-1970). Apesar da diferença de décadas, ambas estão em um contexto de mundo polarizado (Guerra Fria), Guerra do Vianã, transição de uma lógica industrial fordista para o início da terceira revolução industrial (Toyotista), inserção da televisão como meio de comunicação e contracultura. Esses são alguns fatos que nos situam dentro da lógica de subversão que ambas as vertentes se inserem. Esse momento histórico no mundo e no Brasil trouxe à tona um caráter indagador sobre o que estava sendo produzido e reproduzido no mundo, e, como a arte sofre influências do seu tempo, era previsível que os artistas se contagiassem com esses fatos. Apesar de as obras não colocarem como um tema objetivo todos essas conjunturas, o concretismo e a arte conceitual destacaram isso no sentido de irem contra a toda uma lógica de arte formal. Eles quebram com uma ideia imposta de arte e trazem movimentos novos para ela. Na arte conceitual, trazendo para dentro dos espaços da arte objetos cotidianos produzidos em fábricas e com algum elemento delas, falando sobre toda uma lógica de produção capitalista; no Concretismo, com a teoria do não-objeto, negando o sentido de materialidade do objeto, criando novas roupagens para a arte. 3 Concretismo e arte conceitual
O Concretismo tinha como ponto principal a teoria do não-objeto. Nessa teoria,